Esgrima em Cadeira de Rodas |
Esgrima nas Paralimpíadas A Esgrima em cadeira de rodas foi desenvolvida pelo neurologista alemão, naturalizado britânico, Sir Ludwig Guttmann no Hospital StokeMandeville na Inglaterra e apresentada ao mundo nos Jogos Paralímpicos de 1960 em Roma. Homens e mulheres com amputações, lesões na coluna vertebral e paralisia cerebral são elegíveis para competir nas armas florete, espada e sabre (esta última arma apenas na categoria masculina). Em 1948, Ludwig Guttman organizou uma competição esportiva que envolvia veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesão na medula espinhal. O evento foi realizado em StokeMandeville, na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, competidores da Holanda uniram-se aos jogos e, assim, nasceu um movimento Internacional. Este fez com que jogos no estilo olímpico, para atletas deficientes, fossem organizados pela primeira vez em Roma, em 1960. Em1976, a Suécia organizou os primeiros Jogos Paralímpicos de Inverno. Hoje, os Jogos Paralímpicos são um evento de esporte de alto rendimento para atletas deficientes. Apesar disso, os Jogos enfatizam mais as conquistas do que as deficiências dos participantes. O movimento tem crescido de maneira significante desde os primeiros dias. Quatrocentos atletas participaram dos Jogos Paralímpicos de Verão de Roma, em 1960. Nos Jogos de Pequim, em 2008, foram 3.951 atletas, de 146 países. Os Jogos Paralímpicos têm sido sempre realizados no mesmo ano dos Jogos Olímpicos. Desde os Jogos de Seul, em 1988, também têm sido sediados no mesmo local. Em 19 de junho de 2001, foi assinado um acordo entre o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) que assegura esta prática para o futuro. Desde o processo de escolha para os Jogos de 2012, a cidade-sede escolhida também é obrigada a acolher os Jogos Paralímpicos. Londres, no Reino Unido, sediou os últimos Jogos Paralímpicos de Verão, em 2012. Neste ano, os Jogos Paralímpicos de Inverno serão realizados em Sochi, na Rússia. Classificação: A classificação agrupa atletas com limitações de atividade similar, para que dessa forma possam competir em condições de igualdade. Os atletas são avaliados a partir de testes de extensão da musculatura dorsal, da avaliação do equilíbrio lateral com membros superiores abduzidos com e sem a arma, da extensão da musculatura dorsal com as mãos atrás do pescoço, entre outros. Classe 1A – Atletas sem equilíbrio sentado, que têm limitações no braço armado, não possuem extensão eficiente do cotovelo em relação à gravidade e não possuem função residual da mão, fazendo com que seja necessário fixar a arma com uma atadura. Classe 1B – Atletas sem equilíbrio sentado e com limitações no braço armado. Há extensão funcional do cotovelo mas não há flexão dos dedos. A arma precisa ser fixada com uma bandagem. Classe 2 – Atletas com total equilíbrio sentado e braço armado normal, com paraplegia do tipo T1/T9 ou tetraplegia incompleta com sequelas mínimas no braço armado e bom equilíbrio sentado. Classe 3 – Atletas com bom equilíbrio sentado, sem suporte de pernas e braço armado normal, como paraplégicos da T10 à L2. Atletas tanto com pequenos resquícios de amputação abaixo do joelho ou lesões incompletas abaixo da D10 ou deficiências comparáveis podem ser incluídos nesta classe, desde que as pernas ajudem na manutenção do equilíbrio sentado. Classe 4 – Atletas com um bom equilíbrio sentado e com suporte das extremidades superiores e braço armado normal, como lesões abaixo da C4 ou deficiências comparáveis. Limitações mínimas – Deficiência dos membros inferiores comparável a amputações abaixo do joelho. No caso de lesões cerebrais ou mesmo em caso de dúvida, é necessário completar a avaliação observando o atleta no momento do confronto. A esgrima em cadeira de rodas (Paralímpica) no Brasil, possui ainda poucos locais de prática. A partir de 2004 começou uma parceria importante em direção à inclusão através da esgrima em cadeira de rodas na ASASEPODE, onde os professores Eduardo Nunes e Alexandre Teixeira começaram um trabalho voluntário. O número de praticantes começou a aumentar; em dezembro de 2004 os professores puderam participar de um seminário internacional feito no Brasil sobre a modalidade, após isso organizaram oficinas para divulgar o trabalho; em março de 2005 foi dado um grande passo para o desenvolvimento da esgrima em cadeira de rodas no Brasil: realizou-se o 1º Campeonato Aberto de Esgrima Adaptada que aconteceu em Porto Alegre, tendo como organizadores a ASASEPODE com o apoio da ABRADECAR, FRGE e GNU. Essa competição teve como objetivo fomentar e divulgar esse esporte paraolímpico bem como dar início à formação de uma equipe nacional. Após isso a esgrima paralímpica passou a ser administrada pelo CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) e nossa equipe participou de todas as competições nacionais, sendo a campeã geral de medalhas em todas que até o ano de 2016, o local de treinamento foi evoluindo no passar dos anos, inicialmente os treinos eram ministrados na própria sede da ASASEPODE , depois passaram para a Academia da Brigada Militar, em 2013 mudaram para o CETE (centro estadual de treinamento esportivo) e em 2015 passaram para sala de esgrima do GNU Gremio Náutico União, união onde possuímos uma ótima estrutura.
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